Queridos alunos!!!
Faremos nossas leituras semanalmente.
ORIENTAÇÕES:
1. Ler o Conto com atenção;
2. Responder as questões no seu caderno e anotar a data da atividade;
3. Atividades serão entregues no retorno das aulas presenciais;
4. Notas serão válidas para a disciplina e Língua Portuguesa.
LEITURA I – SEMANA 27 A 30/04
HABILIDADES: Leitura e Interpretação de texto.
GÊNERO TEXTUAL: CONTO
O QUE É CONTO:
Conto é uma narrativa que cria um universo de seres, de fantasia ou
acontecimentos. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador,
personagens, ponto de vista e um enredo.
AUTOR
Sérgio Marcus Rangel Porto foi um cronista, escritor, radialista, comentarista,
teatrólogo, jornalista, humorista, ex-funcionário do Banco do Brasil e
compositor brasileiro. Era mais conhecido por seu pseudônimo Stanislaw
Ponte Preta.
A
VELHA CONTRABANDISTA
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o
saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o
fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espáia”? – quis saber a velhinha.
- Juro – respondeu o fiscal.
- É lambreta.
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espáia”? – quis saber a velhinha.
- Juro – respondeu o fiscal.
- É lambreta.
VOCABULÁRIO:
Lambreta - Veículo de duas rodas semelhante à
motocicleta, muito usada nas décadas de 50 e 60.
Alfândega – Órgão
público que, normalmente em aeroportos ou regiões de fronteiras, inspeciona
bagagens e mercadorias, cobrando as taxas referentes à entrada e saída de
produtos.
Fronteira – Órgão
público que, normalmente em aeroportos ou regiões de fronteiras, inspeciona
bagagens e mercadorias, cobrando as taxas referentes à entrada e saída de
produtos.
Odontólogo – Pessoa que se especializou em odontologia; quem
se concentra no tratamento dos dentes; odontologista ou dentista.
Encabulado – Característica da pessoa que está constrangida;
envergonhado.
Muamba – Venda e
compra de coisas furtadas.
Contrabando - Introdução clandestina de mercadorias proibidas
ou daquelas que entram no país sem pagar os devidos impostos.
ATIVIDADE
1. Esse texto é
uma:
a)
( )
narrativa b)
( ) poesia c) ( )
informação d) ( )
crônica
2. É um texto que transmite:
a)
( ) momentos de
tensão b)
( ) comentários policiais
c)
( ) uma situação de
humor d) ( ) uma situação triste
3. Que adjetivos
(qualidades) você daria a velhinha:
a)
( ) ingênua b)
( ) esperta c)
( )
caduca d)
( ) cansada
e)
( ) otimista f)
( ) pessimista g)
( )
boba h)
( ) inteligente
4. Que adjetivos (qualidades)
você daria ao policial:
a)
( ) teimoso b)
( ) desconfiado c)
( ) educado d)
( ) ingênuo
e)
( ) compreensivo f) ( )
honesto g) ( )
observador h) ( ) tolo
5. O final do texto é
surpreendente? Por que?
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6. Se
você fosse o fiscal, teria percebido qual o contrabando? De que forma?
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7. A
escrita correta da palavra “espaia” é:
a)
( )
espalia b)
( )
espalha c)
( ) espalhia
8. Na
expressão: “Com um bruto saco atrás da lambreta”, a palavra grifada
significa:
a) ( )
estúpido b)
( )
grande c)
( ) mal educado
9. Alfândega é o
departamento onde:
a) Cobram-se impostos e
taxas de produtos.
b) Compram-se produtos.
c) Vendem-se mercadorias
proibidas.
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