Alunos, vamos continuar a
nossa pesquisa e estudo sobre literatura de Cordel.
Você iniciou em sala de aula
a pesquisa sobre literatura de Cordel, selecionou um texto de cordel e fez vários
desenhos sobre a cultura Nordestina e Lampião.
Hoje, você ira ler o texto : Literatura de cordel, observar as
imagens e assistir a um vídeo. Ao final uma questão para você pensar e
responder.
Literatura de Cordel ganha título de Patrimônio Cultural Brasileiro
O
gênero literário, que também é ofício e meio de sobrevivência para inúmeros
cidadãos brasileiros, a Literatura de Cordel, foi reconhecido
pelo Conselho Consultivo como Patrimônio Cultural Brasileiro. A decisão
foi tomada nesta quarta-feira, 19 de setembro, por unanimidade pelo colegiado
que está reunido no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. A reunião também
contou com a presença do Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, da presidente
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa
e do presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo
Ferreira.
Poetas, declamadores,
editores, ilustradores (desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores) e
folheteiros (como são conhecidos os vendedores de livros) já podem comemorar,
pois agora a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Apesar de ter
começado no Norte e no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por todo o
Brasil, principalmente por causa do processo de migração de populações. Hoje,
circula com maior intensidade na Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará,
Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal,
Rio de Janeiro e São Paulo. Em todos estes estados é possível encontrar esta
expressão cultural, que revela o imaginário coletivo, a
memória social e o ponto de vista dos poetas acerca dos acontecimentos
vividos ou imaginados.
Literatura de cordel
LITERATURA
A
literatura de cordel chegou ao Brasil com os portugueses e é uma forma de
literatura muito popular no Norte e Nordeste do Brasil.
A literatura
de cordel foi popularizada no Brasil por volta do século 18 e também
ficou conhecida como poesia popular, porque contava histórias com os
folclores regionais de maneira simples, possibilitando que a população mais
simples entendesse. Seus autores ficaram conhecidos como poetas de bancada ou
de gabinete. Aqui no Brasil, a literatura de cordel popularizou-se por meio dos repentistas (ou
violeiros), que se assemelham muito aos trovadores medievais
por contarem uma história musicada e rimada nas ruas das cidades, popularizando
os poemas que depois viriam a ser os cordéis.
Origem
A literatura de cordel como conhecemos hoje teve
sua origem ainda em Portugal com os trovadores medievais (poetas que
cantavam poemas no século 12 e 13), os quais espalhavam histórias para a
população, que, na época, era em grande parte analfabeta. Na Renascença, com os
avanços tecnológicos que permitiram a impressão em papéis, possibilitou-se a
grande distribuição de textos, que, até então, eram apenas cantados.
Essas
pequenas impressões de poemas rimados que eram apresentadas penduradas em
cordas – ou cordéis, como é chamado em Portugal – chegaram ao
Nordeste brasileiro junto com os colonizadores portugueses, dando origem à
literatura de cordel como conhecemos hoje, famosa em Pernambuco, Ceará,
Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte.
Principais características
· O texto é escrito com métrica fixa e rimas que fazem a
musicalidade dos versos;
· É de grande importância para o folclore, já que os cordéis tratam dos
costumes locais, fortalecendo as identidades regionais;
· A literatura de cordel é muito conhecida por suas xilogravuras (gravuras
em madeira), que ilustram as páginas dos poemas.
Agora você irá assistir a Videoaula:
Literatura de Cordel
Muito bem! Estamos quase terminando essa atividade.
Principais autores
·
Leandro Gomes de Barros
Conforme documentos, foi o primeiro brasileiro a escrever cordéis,
produzindo 240 obras campeãs de vendas. Seus cordéis são muito populares no
imaginário popular do Nordeste brasileiro, tendo Ariano
Suassuna, grande dramaturgo nordestino, popularizado a todo Brasil as
histórias de Leandro em sua peça ‘Auto da compadecida’, que
contava com cordéis de Leandro: ‘O testamento do cachorro’ e ‘O cavalo que
defecava dinheiro’.
·
João Martins de Athayde
Fazendo parte da primeira geração
de autores que tinham sua própria editora especializada em cordéis, ficou
popular por utilizar imagens de artistas de Hollywood.
João Martins de Athayde, após a
morte de Leandro Gomes de Barros, comprou os direitos de publicar vários dos
cordéis do autor. A verdadeira autoria de Leandro foi recentemente descoberta,
mas nem por isso a figura de João Athayde é de menor importância.
Para terminar, você irá
responder a essa questão.
Leia o Texto I e o texto II e depois responda
Questão
Texto I
João perdeu o seu
pai
com sete anos de
idade
morava perto de um rio
Ia pescar toda
tarde
um dia fez uma
cena
que admirou a cidade.
O rio estava de
nado
vinha um vaqueiro
de fora perguntou: dará passagem?
João Grilo disse: inda agora
o gadinho do meu pai
passou com o lombo de fora.
O vaqueiro bota o
cavalo
com uma braça deu
nado
foi sair já muito
embaixo
quase que morre
afogado
voltou e disse ao
menino:
você é um
desgraçado
Texto II
O termo “Cordel” é de herança portuguesa. Essa
manifestação artística foi introduzida por eles no país em fins do século
XVIII. Na Europa, ela começou a aparecer no século XII em outros países, tais
quais França, Espanha, Itália, popularizando com o Renascimento. No Brasil, a
literatura de cordel representa uma manifestação tradicional da cultura
interiorana do nordeste que adquiriu força no século XIX, sobretudo, entre 1930
e 1960.
O personagem João
Grilo é um dos mais conhecidos na Literatura de Cordel. Sobre esse gênero
literário é possível afirmar:
a. é uma literatura regional, típica de uma
região do Brasil, conhecida por seu caráter sério e formal.
b. é conhecida por
ser parte da rica cultura nordestina, com influências de outros lugares do
Brasil.
c. é escrita em versos, como mostra o Texto 1,
contando com a rigidez exigida das formas poéticas.
d. é uma manifestação cultural muito conhecida,
responsável por contar apenas histórias reais, como as de Grilo.
e. é uma tradição já bastante antiga no
Nordeste do país, sendo um meio de informar e divertir os leitores.
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