terça-feira, 9 de junho de 2020

Filosofia - A filosofia e outras formas de conhecimento

Olá Alunos!
BEM VINDOS AO 2º BIMESTRE!

Atividade da semana de 08/06 a 12/06/2020, leiam com atenção! Se acharem necessário, podem realizar uma pesquisa sobre o assunto em questão.
Estou a disposição no grupo de WhatsApp e acompanhando o desenvolvimento de vocês nas atividades e na participação das aulas.
Profª Delma

Habilidades a serem trabalhadas: Criticar a concepção de conhecimento científico como verdade absoluta.

Conhecer o mundo - existe outras formas de conhecimento?

Há muitos modos de se conhecer o mundo, que dependem da situação do sujeito diante do objeto do conhecimento. Ao olhar as estrelas no céu noturno, um índio caiapó as enxerga a partir de um ponto de vista bastante diferente do de um astrônomo.

O caiapó vê nas estrelas as fogueiras que alguns de seus deuses acendem no céu para tornar a noite mais clara. O cientista vê astros que têm luz própria e que formam uma galáxia. O índio compreende e conhece as estrelas a partir de um ponto de vista mitológico ou religioso. O astrônomo as compreende e conhece a partir de um ponto de vista científico. A mitologia, a religião e a ciência são formas de conhecer o mundo. São modos do conhecimento, assim como o senso comum, a filosofia e a arte. Todos eles são formas de conhecimento, pois cada um, a seu modo, desvenda os segredos do mundo, explicando-o ou atribuindo-lhe um sentido. Vamos examinar mais de perto duas dessas formas, Mito e Religião:

O mito e a religião
O mito proporciona um conhecimento que explica o mundo a partir da ação de entidades - ou seja, forças, energias, criaturas, personagens - que estão além do mundo natural, que o transcendem, que são sobrenaturais.
Assim como o mito, a religião, ou melhor, as religiões também apresentam uma explicação sobrenatural para o mundo. Para aderir a uma religião, é obrigatório crer ou ter fé nessa explicação.

https://www.slideshare.net/ericafrau/3-filosofia-mito-e-religiao

A origem do mundo conforme a mitologia indígena
Ep: 3
“A princípio não havia nada e as trevas cobriam tudo. Uma mulher, Yebá bëló se fez a si mesma a partir de seis coisas invisíveis: bancos, suportes de panela, cuias, cuias de ipadu (coca), pés de maniva (muda de mandioca) e cigarros. Na sua morada de quartzo, enquanto mascava ipadu e fumava cigarro, começou a pensar em como deveria ser feito o mundo. Seu pensamento começou a tomar forma de uma esfera, culminando com uma torre. A esfera incorporou a escuridão. Ainda não havia luz, a não ser no compartimento onde estava a mulher, que era todo branco, de quartzo. Depois criou cinco trovões imortais, e deu a cada um deles um compartimento da esfera. Na extremidade da torre ficava um morcego de asas enormes. Esses compartimentos tornaram-se casas, e só neles havia luz, como no compartimento de Yebá bëló. Esta encarregou os trovões de fazerem o mundo, criarem a luz, os rios e a futura humanidade.
A casa do primeiro trovão ficava no sul. A do segundo, no leste, na cachoeira Tunuí, no rio Içana. A do terceiro ficava no alto; nesta é que ficavam as riquezas, os enfeites de dança mágicos para formar a futura humanidade. A casa do quarto trovão ficava a oeste, no rio Apaporis. A do quinto, no norte, na cabeceira. Yebá bëló, por sua vez, criou um ser invisível, Ëmëko sulãn Palãmin, e deu-lhe a ordem de fazer as camadas do universo e a futura humanidade. Ëmëko criou o sol. Os trovões ficaram enciumados com o poder de Ëmëko Sulãn Palãmin, mas ele posteriormente os apaziguou. Yebá bëló formou a terra a partir de sementes de tabaco tirados de seu seio esquerdo e a adubou com o leite do seio direito. Ëmëko sulãn Palãmin então, dirigiu-se para a casa do terceiro trovão e lá encontrou com o chefe dos Dessana e com o terceiro trovão. Este deu a eles riquezas e cada par de enfeites representava um homem e uma mulher. O trovão ensinou o rito para transformá-los em seres humanos. O trovão recomendou então, que cada um colhesse uma folha nova de ipadu de um pé que havia no pátio e a engolisse. Quando sentissem dor na barriga, deveriam acender o turi (madeira produtora de fogo), molhá-lo numa cuia d’água e beberem o conteúdo, em seguida vomitarem em um só buraco do rio. Assim fizeram os dois heróis e apareceram duas mulheres muito bonitas. Feito isso, o terceiro trovão decidiu acompanhá-los para ajudá-los a formar a futura humanidade.” Valfrido Duarte


Após a leitura, atenta aos textos, analise a charge e a imagem e responda:

1 - As lendas sempre foram alicerces para os povos antigos. Os gregos, por exemplo, tributavam suas origens aos heróis que protagonizam a poesia de Homero, e os romanos, aos irmãos Rômulo e Remo, filhos do deus Marte, eternizados no relato do historiador Tito Livio.
Essas explicações lendárias:

a) Alteram ou reinventaram fatos históricos, justificando alguma condição ou ação posterior dos homens.
b) Confirmaram que as civilizações, em sua origem, não possuem vínculos com seu passado lendário, denominado idade das trevas.
c) Sempre se basearam em acontecimentos reais, com o único propósito de explicar o passado.


Não esqueçam de me enviar a atividade!

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