Prof Denny
Estudantes,vamos continuar a conversar sobre o uso de tecnologia envolvida com a arte.Veremos um pouco sobre a cibertecnolgia e a produção artística digital. Após a leitura você ira deixar a sua opinião
Você irá apreciar a obra dos artistas : Luke DuBois, Gisela Motta e Leandro
Lima, Hito Steyerl, Claudio Bueno, Philippe Parreno, Eva e Franco Mattes, que utilizam tecnologia na produção dos seus trabalhos. Ao final da sua leitura das obras de arte, selecione uma obra e um artista para o seu comentário
A história da tecnologia envolvida com a arte
As principais características da tecnologia são
a mobilidade, a multifuncionalidade, convergência e integração e a
arte, como forma de expressão e comunicação humana, sempre esteve envolvida com
a tecnologia em seu desenvolvimento.
Quando realizamos um estudo histórico da arte,
percebemos que, na medida em que novas tecnologias eram
desenvolvidas, como por exemplo, os textos artísticos que se vem a partir do
desenvolvimento da escrita, dentre outros, a arte se apropriava e se recriava a
partir das potências de produção e interação oferecidas pela tecnologia.
O alcance de compreensão de mundo e comunicação
de massa oferecidos pelas tecnologias, permitiu a expansão do olhar e
do fazer artístico, assim como de sua implicação na humanidade. A
arte, como comunicação, é moldada pela tecnologia.
Como envolver arte e tecnologia?
Podemos, portanto, pensar as possibilidades de
criação e contato artístico a partir e/ou mediada pelas
tecnologias. Por exemplo, pela internet, podemos visitar detalhadamente
os acervos dos maiores museus do mundo, conhecer obras de artistas em
lugares remotos e tornar isso possível a grandes massas. Com o desenvolvimento
da cibertecnologia, hoje temos infinitos meios de produção
artística digital, como é o caso das mídias e design digital.
O desenvolvimento das tecnologias sociais está
interligado às tecnologias na educação, fornecendo, assim, material para
novas criações e compreensões de mundo. As tecnologias sociais promovem
uma nova interatividade no ensino e descentraliza a visão de educador/educando.
Por isso, o uso da arte e da tecnologia nas escolas
permite uma nova abordagem da pluralidade humana, numa desespecificação das
práticas artísticas, influenciadas pelo amplo alcance e interatividade
promovido pelas tecnologias.
Quais são as tecnologias esperadas nesse ramo
No ramo da educação, as tecnologias de
informação e interação social são as mais esperadas e utilizadas. Podemos
fornecer aos nossos alunos informações que, sem essas tecnologias, seriam
inviáveis e praticamente impossíveis; possibilitamos uma democratização e acesso aos livros em bibliotecas digitais, possibilitamos uma maior
interação entre os educadores com os estudantes que ultrapassa as limitações
geográficas.
A internet é a grande aliada da educação na comunicação
artística e técnica. Ela possibilita desenvolver novas formas de
expressão e reelaboração de mundo, assim como novas abordagens pedagógicas.
Como usar
a arte e tecnologia nas escolas?
Como ferramenta de acesso, a tecnologia permite com
que a arte ultrapasse as barreiras de localização geográfica e sejam
reproduzidas virtualmente, isto é, a tecnologia pode ser uma
ferramenta de aproximar a arte às pessoas.
Tradicionalmente, a única forma de expressão de um
estudante nas escolas é atrás da carteira, e essa é uma condição que
desfavorece o potencial criador humano. Nesse caso, os poderes de comunicação,
acesso e interatividade que a arte e a tecnologia permitem,
colocam o fazer pedagógico em um outro plano, o de questionar o seu papel em
meio as tendências e possibilidades contemporâneas e solicita uma reinvenção,
de modo a utilizar a facilidade tecnológica e a criatividade artística a favor
das melhorias educacionais.
Qual sua opinião?
6 artistas que misturam arte e tecnologia que você precisa conhecer
O desenvolvimento de novas tecnologias, desde
a fotografia no século XIX até a realidade virtual, nos anos 2000, sempre
impactou a produção artística. Uma parcela dos criadores vem incorporando esses
meios avançados em suas produções e o número de artistas que passam a lidar com
elementos tecnológicos cresce constantemente.
Pensando nisso, segue
uma lista com 6 artistas que trabalham a relação entre artes visuais e
tecnologia de maneira singular.
Vem conhecer!
1. Luke DuBois
R. Luke
DuBois é um artista, compositor e performer estadounidense cujas obras partem
da investigação sobre a fonografia eletrônica e digital, associada a temas como
relacionamentos online, política internacional e ícones pop.
DuBois começou criando softwares de programação musical que combinavam
ritmos, notas e sons digitais em composições aleatórias. Mas em seus trabalho o
artista também debate questões centrais da cultura norte-americana, como
em Missed Connections, projeto online que realiza buscas entre
anúncios do Craigslist (espécie de Classificados digital) de
diversas cidades, pareando termos empregados pelos anunciantes por similaridade
e colocando-os em contato quando possivelmente respondem um ao outro.
2. Gisela Motta e
Leandro Lima
A dupla brasileira Motta e Lima
começou sua produção em vídeo, mas logo expandiram suas investigações e
pesquisas para incluir outras dimensões da tecnologia. Em obras como Calar, por
exemplo, os artistas aprecem em dois vídeos: em cada vídeo vemos o rosto
de uma pessoa captada com uma camera térmica, as mudanças na temperatura da
pele acontecem mediante ao toque do outro. Parceiros há mais de 15 anos, Motta
e Lima também interessam-se pelas possibilidades de interação entre público e
obra, concebendo por vezes dispositivos que permitem uma imersão no trabalho.
Outras vezes, criam máquinas que mimetizam o funcionamento do corpo humano,
como em Respiro, de 2018 – uma máquina autônoma preenche de ar ritmadamente
diversos balões de látex espalhados pelo chão, que aos poucos esvaziam.
Percebe-se o respirar dessas peças que inflam e expelem o ar, como num suspiro.
3. Hito Steyerl
Hito Steyerl é conhecida pela
variedade de iniciativas que encampa: é também cineasta e escritora, além de
realizar performances. Nascida na Alemanha em 1967, estudou
no Japão, mas hoje vive e trabalha em Berlim. Seus trabalhos já fizeram parte
do Pavilhão Alemão na Bienal de Veneza de 2015 e, na edição de 2019, fazem
parte da exposição central da mostra bi-anual. Seus vídeos instalativos
misturam realidade virtual e aumentada com narrativas poéticas e ficcionais. Em
Veneza, por exemplo, Hito concebeu uma inteligência artificial que “prevê” o
futuro. Na Bienal de São Paulo, apresentou uma obra na qual robôs virtuais
tinham suas habilidades físicas testadas e desafiadas, questionando os limites
de abuso e força com corpos não-concretos.
4. Claudio Bueno
Claudio
Bueno é artista, pesquisador e professor, e frequentemente seus
trabalhos partem de tecnologias – digitais ou não – para questionar as relações
entre corpos, entre espaços e entre sistemas inteiros. A pesquisa de Bueno
reside em um campo intermediário entre ação, participação e espacialização,
materializando-se com frequência em intervenções de longa duração e instalações
que demandam a presença do público para acontecer. Tais assuntos também
informam seu mestrado, intitulado Que Lugar é esste?, e seu
doutorado, Campos de
Invisibilidade, desenvolvidos no departamento de artes visuais da
ECA-USP.
5. Philippe Parreno
Parreno
é um artista francês de origem argelina que vive e trabalha em Paris. Ele se
formou pela École des Beaux-Arts de Grenoble em 1988 e em 1989 no Institut des
Hautes Études en Arts Plastiques do Palais de Tokyo, em Paris. Seus trabalhos
borram os limites entre ficção e realidade, usando todos os tipos de mídia e
suporte tecnológicos inovadores. Recentemente, Parreno tem lançado mão de
dispositivos de realidade aumentada e virtual junto com objetos concretos e
reais, questionando nossas fronteiras de percepção. O artista usa painéis de
LED, pianos auto-tocantes, robôs que controlam a iluminação e a umidade da sala
expositiva, algoritmos que determinam a vibração de um espelho d’água, e assim
por diante.
6. Eva e Franco Mattes
A dupla
italiana se conheceu em Berlim, em 1994, e nunca mais se separou. Os artistas
operam sob o pseudônimo 0100101110101101.org, e são conhecidos por serem
pioneiros no uso da internet e dos computadores na produção
artística. Muitas de suas obras debatem as implicações éticas do uso da
internet, investigando como as situações sociais se formam e as misturas entre
ficção e realidade que são indistinguíveis. Entre 1995 e 97, os Mattes
viajaram pelo mundo visitando importantes mostras na Europa e nos EUA e roubara
50 fragmentos de trabalhos conhecidos, incluindo obras de Duchamp, Kandinsky,
Beuys e Rauschenberg, mas apenas revelaram o feito em 2010. Mas a fama
veio mesmo quando o casal comprou o domínio vaticano.org, de modo a competir
com o site oficial. Eles praticamente clonaram o site original, mas com algumas
modificações.
O que você achou dos artistas
que misturam arte e tecnologia?
Qual obra você achou mais interessante?
Lembre se que você pode pesquisar mais sobre o artista.
Até mais!
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