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Considerações sobre o texto Educação após Auschwitz
No texto Educação após Auschwitz, Theodor Adorno
nos convida a refletir sobre a educação, para que essa prática familiar e institucional
seja orientada para se evitar a repetição dos horrores vivenciados nos campos
de concentração, durante a vigência do nazismo na Europa. (...)
Auschwitz foi planejado para exterminar pessoas de
forma “eficiente”. Aqueles que projetaram e administraram campos de extermínio
eram homens de boa formação técnica, eficientes e competentes para cumprir as
ordens de eliminar pessoas e famílias inteiras. O funcionamento de um campo de extermínio
desse porte só foi possível porque vivia-se já nessa época, em um mundo em que
a formação meramente técnica prioriza a repetição e o comportamento
padronizado, desautorizando os indivíduos a pensar por si mesmos. Nessa
condição, segundo Adorno, temos uma sociedade de massa, em que os indivíduos
perdem a sua importância, são vistos como coisas e se tratam como coisas que
podem ser manipuladas e descartadas.
Na sociedade de massas não há estímulos para ir
além das convicções que se encontram disponíveis.
(...) Podemos identificar eventos relacionados à
semiformação em muitas ocorrências cotidianas, entre elas (...)o bullying que
por meio da violência psicológica e física, procura exercer certo controle em ambiente
escolar em relação ao modo de ser, de vestir, e de atuar dos alunos
considerados indesejáveis.
(...) São ocorrências desse tipo que a educação
deve colocar-se terminantemente contra. E como a educação pode atuar nesse
sentido? Segundo Adorno, promovendo a formação dirigida para a autorreflexão
crítica, estimulando a decisão consciente, a partir do entendimento esclarecido
do que somos e do mundo em que vivemos.
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