segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Filosofia - Comparação do texto filosófico e do texto literário

Olá Alunos!
Atividades da semana de 26/10 a 06/11/2020. Leiam com atenção! Acompanhem o CMSP.
Estou a disposição no grupo de WhatsApp e acompanhando o desenvolvimento de vocês nas atividades e na participação das aulas.
Profª Delma
Habilidades a serem trabalhadas - Ler, compreender e interpretar textos filosóficos.
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Usar adequadamente a norma-padrão da língua portuguesa na elaboração de respostas e textos dissertativos que atendam às solicitações de exames de acesso ao Ensino Superior e/ou seleções e entrevistas de emprego.

Roteiro de estudos:

Filosofia e Literatura

Filosofia e literatura têm diferenças e semelhanças. Ambas usam a linguagem para comunicar algo a alguém. Na Filosofia, o principal objetivo é expressar conceitos, ideias. Na literatura, existe a narrativa, isto é, o ato de contar uma história.

No entanto, a diferença entre uma obra literária e uma filosófica é mais sutil do que pode parecer à primeira vista. Os diálogos de Platão, por exemplo, poderiam muito bem ser enquadrados nas duas categorias – literatura e filosofia.

Ninguém dirá que Kant foi um literato – no sentido de que seu texto tem elegância e estilo dos grandes escritores – mas o que dizer de um Nietzsche? Poemas e aforismos, tão frequentemente empregados pelo autor do Zaratustra, são formas literárias.

Rousseau foi autor de um romance de sucesso na época: A bela Heloísa. Sartre tornou-se conhecido não apenas por sua filosofia, mas também pelos seus romances. E poucos escritores são tão filosóficos como Thomas Mann e Machado de Assis.

A Filosofia, como diz Wittgenstein, deve “tornar claros e delimitar precisamente os pensamentos, antes como que turvos e indistintos”. 

Uma diferença fundamental entre filosofia e literatura: não se lê uma obra filosófica da maneira como se lê um romance.

Então, vamos as leituras:

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS, do escritor britânico George Orwell, foi publicada em 1945 e escrita no auge da Segunda Guerra Mundial.

Leia o trecho da obra:

O Homem é a única criatura que consome sem produzir. Não dá leite, não põe ovos, é fraco demais para puxar o arado, não corre o que dê para pegar uma lebre. Mesmo assim, é o senhor de todos os animais. Põe-nos a mourejar, dá-nos de volta o mínimo para evitar a inanição e fica com o restante. Nosso trabalho amanhã o solo, nosso estrume o fertiliza, e, no entanto, nenhum de nós possui mais que a própria pele. As vacas, que aqui vejo à minha frente, quantos litros de leite terão produzido neste ano? E que aconteceu a esse leite, que poderia estar alimentando robustos bezerrinhos? Desceu pela garganta dos nossos inimigos. E as galinhas, quantos ovos puseram neste ano, e quantos se transformaram em pintinhos? Os restantes foram para o mercado, fazer dinheiro para Jones e seus homens. E você, Quitéria, diga-me onde estão os quatro potrinhos que deveriam ser o apoio e o prazer da sua velhice. Foram vendidos com a idade de um ano --nunca mais você os verá. Como paga por seus quatro partos e por todo o seu trabalho no campo, que recebeu você, além de ração e baia?


CRÍTICA DA RAZÃO PURA - Immanuel Kant, publicado em 1781.

A “Crítica da Razão Pura” é o livro em que Kant separa os domínios da ciência e da ação.

Leia o trecho da obra:

Em vista disso, os objetos da experiência não são nunca dados em si, mas apenas na experiência, e fora dela não existem. Pode admitir-se, I com efeito, que haja habitantes na lua, embora nenhum homem jamais os tenha visto, mas isto significa apenas que, com o possível progresso da experiência, podíamos chegar a vê-los; com efeito, tudo que está no contexto de uma percepção de acordo com as leis do progresso empírico é real. São, pois, reais, desde que estejam num encadeamento empírico com a minha consciência real, embora nem por isso sejam reais em si, isto é, fora deste progresso da experiência.

Nada nos é efetivamente dado além da percepção e do progresso empírico desta para outras percepções possíveis. Porquanto, em si mesmos, os fenômenos, sendo simples representações, só são reais na percepção que, de fato, é unicamente a realidade de uma representação empírica, isto é, de um fenômeno.


Atividades:

1) Quais as diferenças entre Filosofia e Literatura?

2) Existe literatura nos escritos filosóficos?

3) Cite um ponto que você achou interessante no trecho da obra de Orwell e uma de Kant?

4) Qual texto foi mais fácil para você entender e interpretar? Você acha que os dois têm informações importantes ou, um é mais importante que o outro? Por quê?

 

Links dos sites acessados para essa aula:

https://www.folhavitoria.com.br/geral/blogs/vem-ler-comigo/2020/09/24/o-que-aprendemos-com-o-livro-a-revolucao-dos-bichos-de-george-orwell/

https://vestibular.uol.com.br/resumos-de-livros/trechos-do-livro-a-revolucao-dos-bichos.htm

https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-razao-pura-pratica-kant-os-fundamentos-Etica.htm

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