segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Filosofia - Desigualdade social e ideológica

Olá Alunos!
Atividades da semana de 09 a 20/11/2020. Leiam com atenção! Acompanhem o CMSP.
Estou a disposição no grupo de WhatsApp e acompanhando o desenvolvimento de vocês nas atividades e na participação das aulas.
Profª Delma
Habilidades essenciais: Analisar a questão da pobreza no âmbito da reflexão sobre justiça social.
Competências Socioemocionais: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Habilidades de recuperação e aprofundamento: Identificar e discutir problemas do Estado Brasileiro.

Roteiro de estudos:
https://drive.google.com/file/d/1QKoGTk9jSwDUHGt7jgpdrnFIDjg9Wh1a/view?usp=sharing

Desigualdade social e ideológica

Antes de terem sido inventados os sinais representativos da riqueza, estas só podiam consistir em terras e em animais, os únicos bens reais que os homens poderiam possuir. Ora, quando as herdades foram crescendo em número e em extensão, a ponto de cobrirem o solo inteiro e se tocarem todas, umas não puderam mais crescer senão à custa de outras, e os extranumerários, que a fraqueza ou a indolência tinham impedido de adquiri-las por sua vez, tornados pobres sem ter perdido nada, porque, tudo mudando em torno deles, só eles não tinham mudado, foram obrigados a receber ou a roubar a subsistência das mãos dos ricos; e, daí, começaram a nascer, segundo os diversos caracteres de uns e de outros, a dominação e a servidão, ou a violência e as rapinas.

Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens.

J.J. Rousseau



A propriedade privada foi a causa irreversível do surgimento e da extensão da desigualdade social e de todos os males dela decorrentes (ROUSSEAU, 2008).

 

Desigualdade enraizada

O Brasil é sétimo país mais desigual do mundo, segundo o último relatório divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), ficando atrás apenas de nações do continente africano. O levantamento tem como base o coeficiente Gini, que mede desigualdade e distribuição de renda.

"A parcela dos 10% mais ricos do Brasil concentra 41,9% da renda total do país, e a parcela do 1% mais rico concentra 28,3% da renda", diz o texto. A desigualdade mostrada pelo relatório pode ser explicada por uma série de fatores, segundo Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. Três deles, contudo, são determinantes para que o país permaneça numa posição negativa nos próximos anos: o racismo, a questão de gênero e a tributação de impostos.

Racismo é estrutural:  "O Brasil vem de uma construção escravocrata, onde algumas pessoas valiam mais que as outras. Isso se reflete até hoje", diz Katia Maia, em referência ao racismo que ocorre de maneira estrutural e institucionalizada.

A questão também é de gênero: A taxa de desemprego entre mulheres negras no Brasil é de 16,6%, o dobro da verificada entre homens brancos (8,3%), segundo último a PNAD contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada em outubro de 2019.

"Ainda há uma visão de que a mulher é 'menor' que o homem. E essa definição é determinada pelo próprio homem”.

O imposto pesa no bolso: "Para o rico, milionário, não significa nada aquele imposto no litro do leite. Mas para o pobre significa. E, por isso, é importante que haja uma reforma tributária real". A base da tributação, hoje, é em cima do consumo. Quando a população compra algo, ali está embutido o valor do imposto - e ele é igual para mim e para você. Outros países já realizam uma nova fórmula para diminuir a desigualdade nesse quesito. Nos Estados Unidos, por exemplo, a maior parte da taxação está sobre patrimônio e renda - envolve heranças, inclusive.

Atividades:
1) No texto de J.J. Rousseau, ele afirma que a partir do momento que as posses do homem foram crescendo, elas tiveram que crescer senão à custa de outras. Explique essa afirmação a partir do seu entendimento sobre a desigualdade entre os homens?
2) Faça uma análise da charge?
3) Na frase de Rousseau, o que ele afirma sobre a propriedade privada?
4) No texto “Desigualdade enraizada”, quais os problemas que o Brasil precisa superar para diminuir as taxas de desigualdades? São problemas sociais e/ou ideológicos?



Links dos sites usados nessa aula:

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