sexta-feira, 8 de maio de 2020

Arte, ciência e Tecnologia - ARTE




 Alunos, a todo instante nos deparamos com situações que exigem a exposição de ideias, argumentos e pontos de vista, muitas vezes precisamos expor aquilo que pensamos sobre determinado assunto.

Em muitas situações somos induzidos a organizar nossos pensamentos e ideias e utilizar a linguagem para dissertar.


A linha de pesquisa Arte e Tecnologia têm por objetivo o estudo e desenvolvimento de poéticas relacionadas às mídias digitais, seus conteúdos, temas, história, interfaces com as mídias tradicionais da criação artística, análises teóricas, históricas e reflexões sobre as consequências dessas criações nas diversas culturas, bem como a influência destas nas criações artísticas como um todo.
Esta linha de pesquisa propõe-se, também, a elaborar reflexões sobre as consequências das possibilidades fornecidas pelas novas tecnologias no ensino da arte. Sabe-se que nos dias atuais o desenvolvimento cada vez mais intenso de novas tecnologias ao alcance dos artistas tem possibilitado criações antes não imaginadas, seja pela abrangência dos meios de comunicação, como pelas possibilidades de criações interdisciplinares. Tais fatos têm alterado muito o perfil do artista criador, incorporando às novas criações equipamentos multimídia, criações de ambientes imersivos, experiências artísticas multissensoriais, utilização de códigos de programação e criações artísticas elaboradas por profissionais outros que não aqueles com formação artística exclusiva, com é o caso de designers, matemáticos, cientistas da computação e demais profissionais.
A utilização do computador como parte dos instrumentos e mídias de criação em arte é muito recente e remonta aos anos 60 do século XX. Assim, ainda é preciso estruturar reflexões e estudos sobre as consequências dessas novas possibilidades recursivamente redimensionadas, bem como “desenhar” sua história. Igualmente, as múltiplas e crescentes possibilidades que os meios digitais permitem sobretudo as novas relações entre arte, tecnologia e ciência, têm feito das universidades o local ideal para o desenvolvimento de pesquisas na área.
Para o melhor desenvolvimento de conteúdos que permitam reflexões e teses de doutorado consistentes, as disciplinas criadas atendem os seguintes conteúdos da linha de pesquisa: história das criações em mídias digitais; crítica, estética e mídias digitais; poéticas em mídias digitais; arte e realidade virtual; arte, interfaces e interações.
Com relação à história das criações em mídias digitais, propõe-se o desenvolvimento de conteúdos relacionados ao uso dos equipamentos digitais para criação artística, abrangendo desde as primeiras manifestações estéticas com o uso de computadores, passando por criações em multimídia, envolvendo fotografia, vídeo e som, as propostas de criações de realidade virtual em cavernas digitais, as obras de arte com abrangência multissensorial (que utilizam sensores e equipamentos estimuladores dos diversos sentidos como capacetes e os wearable computers), jogos, criações à distância em tempo real, obras interativas e ambientes imersivos, dentre outras manifestações.
Os conteúdos a serem desenvolvidos em crítica, estética e mídias digitais relacionam-se a estudos teóricos relativos às mudanças e possibilidades permitidas pelas novas mídias, a análises comparativas entre estas e as mídias tradicionais de arte, suas consequências sobre a cultura atual e o modo de apreciar as obras artísticas.

Arte Tecnológica

Artes visuais  

Definição
A arte tecnológica e multimídia desenvolve-se no Brasil a partir dos anos 1970, na sequência de desdobramentos da arte construtiva e da arte conceitual, e tem seu território privilegiado em São Paulo. Waldemar Cordeiro (1925-1973) começa a trabalhar com computadores em 1968 no Centro de Processamento de Imagens da Unicamp, e realiza em 1972, em São Paulo, a mostra Arteônica - O Uso Criativo dos Meios Eletrônicos em Arte. No catálogo da mostra, ele afirma: "Se os problemas artísticos puderem ser tratados por máquinas ou por equipes que incluam o partner computador, poderemos saber mais a respeito de como o homem trata os problemas artísticos".
Em 1973, Aracy Amaral organiza para a firma Grife, de São Paulo, a mostra Expo projeção, com audiovisuais, filmes super-8 e discos de 42 artistas brasileiros. Foi o primeiro levantamento que se fez no Brasil da produção artística com essas novas mídias. Entre os participantes estão Antonio Dias (1944)Antonio Manuel (1947)Artur Barrio (1945)Carlos Vergara (1941)Cildo Meireles (1948)Décio Pignatari (1927-2012), Frederico Morais (1936), Hélio Oiticica (1937-1980)Iole de Freitas (1945)Luiz Alphonsus (1948)Marcello Nitsche (1942)Mario Cravo Neto (1947), Olívio Tavares de Araújo, Raymundo Colares (1944-1986) e Rubens Gerchman (1942 - 2008).
O audiovisual e o super-8 aparecem quase simultaneamente no processo mundial de miniaturização da cultura e são amplamente usados pelos artistas plásticos brasileiros. O principal núcleo de audiovisualistas no Brasil está em Belo Horizonte, onde se destacam, no início dos anos 1970, Maurício Andrés Ribeiro, Beatriz Dantas e George Helt. Germano Celant realiza na Itália, em 1973, a mostra The Record as Artwork. Antônio Dias e Cildo Meireles estão entre os brasileiros que usaram o disco como suporte para suas especulações estéticas. Xeroqueiro desde 1974, Bené Fonteles faz uso "selvagem" e agressivo da xerografia, tratando a quente os acontecimentos políticos e culturais ao mesmo tempo em que associa esse meio à arte postal. Como ele explica: "O que mandavam, ia xerocando, interferindo, enviando de volta: reciclagem, amizades, correio sentimental, relações humanas, vida, amor". Hudinilson Jr. xeroca seu próprio corpo no evento Xerox Action, realizado em 1983 no MIS/SP.
No segundo semestre de 1974, Anna Bella Geiger (1933), Sônia Andrade, Ivens Machado, Ângelo de Aquino e Fernando Cocchiarale começam a empregar o vídeo como ferramenta criativa. O paulista Donato Ferrari, Júlio Plaza, Regina Silveira e Gabriel Borba Filho vieram um pouco depois. O grupo carioca participa com seus vídeos da 8ª Jovem Arte, no MAC/USP, que em 1976 adquire aparelhagem e monta um setor de vídeo. Dois anos depois, José Roberto Aguilar e Marília Savoya promovem no MIS/SP o 1º Encontro Internacional de Vídeo no Brasil. Por volta de 1974, Júlio Plaza e Regina Silveira empregam a heliografia como suporte para seus trabalhos de arte, mas quem mais se dedica a esse meio entre nós é o argentino Leon Ferrari, residente em São Paulo. Em 1981, a Pinacoteca do Estado de São Paulo reúne em exposição cerca de trinta artistas cariocas e paulistas que trabalham com a heliografia com diferentes enfoques temáticos e formais. A primeira mostra de holografia no Brasil acontece na Fundação Bienal de São Paulo em outubro de 1980, cabendo ao artista plástico José Wagner Garcia a realização da primeira individual, ocorrida no MIS/SP, dois anos depois. Eduardo Kac, Fernando Catta Preta, Moysés Baumstein, Júlio Plaza e Décio Pignatari são alguns, entre os criadores brasileiros, que têm se dedicado à holografia.
A 16ª Bienal de São Paulo, 1981, monta uma sala especial de âmbito internacional sobre arte postal, com curadoria de Júlio Plaza e apresentação de Walter Zanini. Este define a mail art como uma atividade processual que evidencia o fenômeno de desmaterialização da arte. Um dos primeiros grupos a empregar o correio como veículo artístico no Brasil foi o Poema-Processo, ainda nos anos 1960. Coincidindo com o lançamento da monografia Quase Cinema - Cinema de Artista no Brasil, 1970/80, Ligia Canongia promove pequena mostra na Galeria Sérgio Milliet da Funarte, em 1981. Segundo a autora, "o cinema de artista talvez pudesse ser compreendido como uma soma de suas linguagens específicas: a do cinema propriamente dito e a das artes plásticas, que acabaria por configurar uma terceira linguagem particular e autônoma". Hélio Oiticica, Raimundo Collares, Antônio Dias, Barrio, Iole de Freitas, Arthur Omar, Antonio Manuel, Lygia Pape, Miguel do Rio Branco são alguns artistas analisados.
Regina Silveira e Rafael França realizam em 1982, em São Paulo e no Rio de Janeiro, a mostra Arte Micro: A Microficha como Suporte da Arte. Os 32 artistas que participam da mostra, com 380 trabalhos, usam microficha de 10,5 x 15 cm, que reduz 24 vezes o original, permitindo assim reproduzir em cada lâmina 48 trabalhos, que são vistos num aparelho visor manipulado pelo próprio usuário. No catálogo, Regina define sua proposta como uma paródia do "museu imaginário" de Malraux, arte portátil, de bolso. Annateresa Fabris e Cacilda Teixeira da Costa realizam para o Centro Cultural São Paulo, em maio de 1985, a mostra Tendências do Livro de Artista no Brasil. Livros de artistas existem no Brasil há muito tempo, como o Livro da Criação, de Lygia Pape (1959), mas somente nos anos 1970 começam a aparecer em mostras coletivas, como Poéticas Visuais (1977) e Poucos e Raros (1978 e 1980), refletindo preocupações dos artistas multimídias.
As duas últimas exposições abrangentes de arte tecnológica são a que Júlio Plaza organizou para o MAC/USP, em setembro de 1985, e Brasil High Tech, que Eduardo Kac preparou para o Centro Empresarial Rio, em abril de 1966. A primeira tem várias seções: arte computador, holografia, microficha, videoarte, videotexto, heliografia e Xerox. Explicando os mecanismos de criação dessa arte tecnológica, escreve Plaza no catálogo: "Se nas artes artesanais a produção é individual, nas artes industriais e eletrônicas a produção é coletiva, colocando em crise a mística da criação e a noção do autor. Pelo menos, o artista já não pode mais criar sem a ajuda do engenheiro, do matemático e do programador de dados".  

Muito bem, vamos pensar na próxima leitura. O que é dissertar? Você lembra os passos para escrever um texto dissertativo? É sobre esse assunto que você irá recordar.
AH!!!! você deve estar pensando.....é aula de Português ou de Arte? É arte....em breve você ira entender.
Mas o que é dissertar?

Dissertar é, por meio da organização de palavras, frases e textos, apresentar ideias, desenvolver raciocínio, analisar contextos, dados e fatos. Neste momento temos a oportunidade de discutir, argumentar e defender o que pensamos utilizando-se da fundamentação, justificação, explicação, persuasão e de provas.

A elaboração de textos dissertativos requer domínio da modalidade escrita da língua, desde a questão ortográfica ao uso de um vocabulário preciso e de construções sintáticas organizadas, além de conhecimento do assunto que se vai abordar e posição crítica (pessoal) diante desse assunto.
A atividade dissertadora desenvolve o gosto de pensar e escrever o que pensa, de questionar o mundo, de procurar entender e transformar a realidade.

Passos para escrever o texto dissertativo

O texto deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que o escritor se propôs a alcançar.
Há uma estrutura consagrada para a organização desse tipo de texto.
Consiste em organizar o material obtido em três partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.



- Introdução: A introdução deve apresentar de maneira clara o assunto que será tratado e delimitar as questões, referentes ao assunto, que serão abordadas.
Neste momento pode-se formular uma tese, que deverá ser discutida e provada no texto, propor uma pergunta, cuja resposta deverá constar no desenvolvimento e explicitada na conclusão.

- Desenvolvimento: É a parte do texto em que as ideias, pontos de vista, conceitos, informações de que dispõe serão desenvolvidas; desenroladas e avaliadas progressivamente.

- Conclusão: É o momento final do texto, este deverá apresentar um resumo forte de tudo o que já foi dito. A conclusão deve expor uma avaliação final do assunto discutido.

Cada uma dessas partes se relacionam umas com as outras, seja preparando-as ou retomando-as, portanto, não são isoladas.

A produção de textos dissertativos está ligada à capacidade argumentativa daquele que se dispõe a essa construção.

É importante destacar que a obtenção de informações, referentes aos diversos assuntos, seja por intermédio da leitura, de conversas, de viagens, de experiências do dia e dia e dos mais variados veículos de informação pode sanar a carência de informações e consequentemente dar suporte ao produzir um texto.


ATIVIDADE

QUESTÃO 1

São características da dissertação:
a) Defesa de uma tese através da organização de dados, fatos, ideias e argumentos em torno de um ponto de vista definido sobre o assunto em questão. Nela, deve haver uma conclusão, e não apenas exposição de argumentos favoráveis ou contrários sobre determinada ideia.
b) Os eventos são organizados cronologicamente, com uma estrutura que privilegia os verbos no pretérito perfeito e predicados de ação relativos a eventos que se referem à primeira ou a terceira pessoa. Presença de enunciados que sugerem ação e novos estados.
c) Predominância de caracterizações objetivas (físicas, concretas) e subjetivas (dependem do ponto de vista de quem as descreve) e uso de adjetivos. Os tipos de verbos mais comuns na estrutura do texto são os verbos de ligação.
d) Tipo textual marcado por uma linguagem simples e objetiva, sendo que um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, típicos de uma atitude coercitiva.

.Ótimo!  Você terminou a atividade de hoje. Anote a questão em seu caderno e guarde.

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