Prof Denny - ARTE
Estudantes, na atividade de hoje vamos Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.) em processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos, e compreender as características desse processo de trabalho.
Conteúdo/Tema-Conhecimento priorizado na atividade de hoje |
Processos de criação teatrais |
Objetivo
Geral |
Investigar Processos de criação● Funções teatrais: Ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc. ● Processos artísticos coletivos e colaborativos. |
É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e recuperação.
Para
ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos
importantes para o desenvolvimento das atividades.
Criação
coletiva - No teatro,
a criação coletiva surge com os grupos teatrais que, nas décadas de 1960 e
1970, associam todos os elementos da encenação, inclusive o texto, em um mesmo
processo de autoria com base na experimentação em sala de ensaio.
Processos
artísticos coletivos e colaborativos – Pode-se dizer que em se tratando do teatro popular, a
prática da criação compartilhada (coletiva) já existe há muitos séculos. O que
vemos hoje é uma atualização dessas práticas nos processos artísticos coletivos
e colaborativos.
Essa
forma de criação se dá a partir da necessidade de contrapor regras
pré-estabelecidas em que espaços cênicos são exclusivos, atores têm a função
única de cuidar de suas personagens, o texto é restrito somente ao seu autor e
o jogo cênico, ao diretor, ou seja, uma maneira funcionalista de procedimentos.
Esses processos de
participação coletiva e colaborativa permitem a participação de todos mostrarem
seus conhecimentos e talentos na elaboração da obra teatral.
Momento
de Apreciação
-
Leia o texto indicado
a seguir. Finalizada a leitura, faça um momento de reflexão, análise sobre como
funciona um processo de trabalho artístico coletivo e/ou colaborativo em
processos criativos de produção teatral. Arte 11
Asdrúbal
Trouxe o Trombone – Um projeto artístico de criação coletiva
O
grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone foi criado no Rio de Janeiro, em 1974, com a
liderança de Hamilton Vaz Pereira e a participação de Regina Casé, Luiz
Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e Patrícia Travassos entre outros.
Asdrúbal Trouxe o Trombone colocou em evidência, na história do teatro
brasileiro, o processo de criação coletiva, no que se refere à concepção
cênica, aos figurinos, à interpretação e à dramaturgia. O grupo tinha a
singularidade de não se sentir como um grupo de “atores” que fazia teatro, e
sim que fazia “Asdrúbal”. Essa marca poética parece ter sido o modo encontrado
pelo grupo para preservar certa diferença de outros grupos importantes da época
e de atores que faziam em cena o que era oferecido no mercado como oportunidade
profissional. Um trabalho que marcou a carreira do grupo – e que, à época,
trouxe um frescor à linguagem teatral – foi à criação coletiva “Trate-me leão
(1977)”, uma sequência de cenas curtas sobre problemas da adolescência e da
juventude. O tema de Trate-me leão é o tédio, em que ninguém tem objetivo na
vida, há um sentimento de abandono, de não saber como continuar. A gênese da
estrutura narrativa de “Trate-me leão” é a vivência pessoal dos integrantes do
grupo. O texto ia sendo escrito em casa pelos atores, por meio da pesquisa com
pessoas do prédio, da família, gerando cenas e diálogos que traziam para o
palco a própria vida. Durante nove meses de criação, Hamilton Vaz Pereira, em
um trabalho de colaboração entre os participantes, fez o esboço de cenas,
identificando núcleos temáticos no material apresentado pelo grupo. Ao mesmo
tempo, a criação de cenas emergia de improvisações e jogos coletivos que
permitiam a invenção expressiva dos participantes do grupo. Esse processo de
criação fazia o trabalho do Asdrúbal ser ancorado na criação coletiva, tanto na
construção da narrativa textual como na composição das personagens com base no
repertório pessoal expressivo dos participantes durante as improvisações.
Podemos dizer, então, que a criação coletiva do Asdrúbal era um processo
criativo teatral que tinha como características: a presença da expressão de
todos os integrantes do grupo; a “grupalidade”, como possibilidade de se reunir
para falar de si e ouvir o outro; os pedaços da própria história de vida e a
vontade de experimentar com o grupo outras possibilidades de cena e de vida; a
experimentação da linguagem teatral por meio do improviso como processo de
trabalho e a necessidade de trazer para o palco a própria vida. Esse processo
de criação coletiva resultava em uma encenação que deixava transparecer um
jeito próprio de representar de cada um, que era descoberto durante as
improvisações e os ensaios, assim como, durante a encenação, cenas inéditas
poderiam aparecer no “aqui agora” do palco, formando uma autoria coletiva. Ou
seja, em vez de seguir procedimentos tradicionais calcados sobre o fator
segurança (texto decorado, marcação prematura, especialização de tarefas), o
Asdrúbal, em seu processo de criação coletiva, arriscava adentrar o terreno dos
lapsos, das falhas, do inesperado que revela aspectos desconhecidos durante os
improvisos. A construção estética teatral dos espetáculos do Asdrúbal era feita
do aproveitamento de materiais. A iluminação era caseira e precária, os cenários,
grafitados e os figurinos com indumentária das roupas de rua. Os atores traziam
ao palco interpretações que mostravam a espontaneidade dos intérpretes, dando
ação a uma dramaturgia escrita com base nos trechos de diários, na narração de
casos de família, na recitação da poesia do amigo, na cena da briga de namoro,
nas trilhas sonoras roqueiras de contestação à família e ao teatro comercial. O
teatro de grupo dos anos 1970 era feito do e no trabalho coletivo. No final
dessa década, já estava claro que a criação coletiva não era um movimento nem
um estilo de época, mas um método de trabalho marcado pelo mesmo dinamismo que
caracterizava o modo de fazer teatro contemporâneo no que hoje é chamado de
processos colaborativos.
Fonte: Texto elaborado para
0 Material de Apoio ao Currículo Paulista - São Paulo Faz Escola
TROCANDO EM ARTES: TRATE-ME LEÃO
Muito
bem!
Agora
responda essas questões:
Fazer uso consciente e reflexivo da
norma-padrão em situações de fala e escrita em textos, levando em consideração
o contexto.
12 CADERNO DO ALUNO
1. Vocês conseguiram compreender as características dos processos
artísticos coletivos e colaborativos teatrais?
2. Nesses processos, a função dos profissionais se modifica? Comente.
3. Como o uso das tecnologias e recursos digitais mudou o modo de acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos? Justifique?
É importante que você
realize registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com
os momentos de avaliação e recuperação.
Até a próxima aula!
Habilidades
cognitivas |
Habilidade
(EF08AR28): Investigar
e experimentar diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista,
maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e
assessor de imprensa etc.) em processos de trabalho artístico coletivos e
colaborativos, e compreender as características desse processo de trabalho. |
Habilidades de recuperação contínua, aprofundamento
e/ou nivelamento. |
EF69LP56 - Fazer uso consciente e reflexivo
da norma-padrão em situações de fala e escrita em textos de diferentes
gêneros, levando em consideração o contexto, situação de produção e as
características do gênero. EF08AR24) Reconhecer e apreciar artistas, grupos,
coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro
brasileira de diferentes épocas, investigando os modos de criação, produção,
divulgação, circulação e organização da atuação profissional |
Metodologia/Recursos e organização no ambiente
virtual de aprendizagem |
Divulgação no blog da escola, no facebook
profissional do professor compartilhado com o facebook da Unidade Escolar e
Whatsapp do aluno. |
Quantidade de aulas semanais |
2h/a (1h/a: videoaula CMSP, 17/08; 1h/a:
atividades complementares). |
Textos/vídeos de apoio propostos |
Para ampliação de seu repertório pessoal,
foram elencados alguns conceitos importantes para o desenvolvimento das
atividades. Criação coletiva; Processos artísticos coletivos e
colaborativos; Momento de Apreciação leitura de imagem; leitura do texto: Asdrúbal
Trouxe o Trombone – Um projeto artístico de criação coletiva; apreciação de vídeo:
trocando em artes: trate-me leão; Responder questões pagina 12 CADERNO DO ALUNO; É importante que você realize
registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os
momentos de avaliação e recuperação. |
Avaliação: instrumentos e gerenciamento das
participações |
Devolutiva das atividades e atribuição de notas realizadas registradas na planilha de acompanhamento. Devolutiva do aluno das atividades realizadas no retorno as aulas ou pelo facebook do professor ou whatsapp do professor. Registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com seus momentos de autoavaliação e recuperação. |
Atividade (link do blog) |
|
Referências |
Trocando em artes: trate-me leão https://www.youtube.com/watch?v=jwjQu9oosI&feature=emb_rel_end http://aloisiovillar.blogspot.com/2018/04/trocando-em-artes-trate-me-leao.html; SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Ensinar e Aprender Arte;SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação.SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: arte, anos finais/Secretária da Educação.Matriz curricular, BNCC, Plano de Nivelamento, CMSP. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário